Olhar para o céu e acompanhar o movimento dos astros desde os primórdios da humanidade é uma prática que garante a manutenção da vida, a compreensão dos ciclos de fertilidade da terra e dos animais, os métodos de agricultura, medicinas naturais e uma vasta pesquisa a respeito de fenômenos da natureza se davam em observações noturnas em diversos povos ancestrais e atualmente através das tecnologias. Algo que os antigos sabiam e que volta a ser examinado pela nossa comunidade cientifica é que os astros exercem influência também nos seres humanos.

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           A astronomia e a astrologia até pouco tempo eram dois interesses complementares, uma observando o movimento dos astros e a outra correlacionando esses movimentos com acontecimentos terrestres. A astrologia voltada para o indivíduo têm datações de 300 anos antes de Cristo, pessoas pesquisando os movimentos do astros afim de saber as consequências em suas vidas ou na vida de outros. No exato momento de nascimento de uma criança olhava-se o céu e por meio de cálculos matemáticos podia-se saber que o Sol estava a 12° da constelação do carneiro (Áries),  Mercúrio a 28° da constelação do touro, por exemplo. Logo, a matemática sempre foi a ferramenta primordial para a ciência astrológica mapear os posicionamentos estelares. E no posicionamento do firmamento descobriu-se uma linguagem.

        A Astrologia se torna a propulsora de um profundo religarem entre as pessoas e suas origens no espaço, decodificando através de sua linguagem, memórias estelares. Estas memórias são parte da nossa consciência individual e em analogia às sementes, precisam de um solo firme para germinar então, a Astrologia não só nos reconecta com os nossos propósitos cósmicos como impulsiona para que eles se manifestem no plano terreno, nos sintonizando com a grande germinadora de vidas ,sustentadora das consciências terráqueas e nutridora das experiências do espaço , Gaia.

         Parafraseando Paracelsus “O visível esconde o invisível, mas apesar disso conseguimos o invisível apenas através do visível” , a invisibilidade do ser está disponível em seu mapa natal, o caminho invisível que o mapa fornece ajuda as nossas consciências a traçar rotas no que é visível. Conta-se a história que as estrelas lhe reserva através do mapa natal, e ao recordar (trazer novamente ao coração) a pessoa está apta a conscientizar-se de seus impulsos e aperfeiçoar-se com os trânsitos planetários e não mais estar sujeita instintivamente, como os animais, em resposta à estes movimentos no céu.

            O mapa astral  convida à olhar para um céu amplo, um céu que está acima de todos mas, que no momento do nascimento se torna um céu pessoal, um pertencimento ao Cosmos revelado em uma mandala individual.

Texto escrito por Juliana Lirio

Ju Lírio é facilitadora do Astro Encontros  e estudante de Astrologia há alguns anos e praticante desde 2015 com leituras de mapas natais. Praticante da Yoga Massagem, possui vivências e experiência com diversas terapias corporais, principalmente a dança; Estudiosa dos mitos e arquétipos que permeiam o mundo simbólico das nossas vivências.